“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst
11 de abril de 2012
Gira sol
Escrevo um poema com o ego vagaroso
Banhando-me no copo dos bêbados
Nas noites, no cio e no chão.
Sou breve e a vida é quem me bebe
Com tamanha devoção.
Visto a minha seresta
Divido o bolo da festa
tentando salvar esse povo que ainda me resta
Nesse mundo de provação.
Não escolhi o caminho,
Ele se fez sozinho,
Já fui lápide, já fui lenda,
Hoje sou apenas a contramão.
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