“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst
2 de novembro de 2014
freely
Um pássaro amigo
Chamou-me
Pra ver a vida La de cima
Pra ver o sol desembocar no crepúsculo e
Dizer boa noite as estrelas
Um ar profundo pra respirar
Horas que badalam nas árvores
Encantamentos efêmeros
Que duram tanto quanto o florescer dos Ipês,
9 de março de 2014
Há dias que eu queimo
E desde então vivo em fuga
Correndo
Sucumbindo
E quase tudo não faz parte
Disso
Do grande fogo que plantei no peito
Da interminável dúvida
Do Clarão das noites e do dia
Armadilhas de satã
sem freios
Tentação, tentação, tentação...
perdida no caminho,
perdi,
e sei que vou queimar até o fim..
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