“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst

22 de dezembro de 2015

O TRAPEZISTA

Sempre na corda bamba
Equilibrando-se entre o salto que leva as estrelas
E o torna tão radiante la no céu
Ao mesmo tempo cai no chão
E, entre um susto e outro, tenta manter-se em pé, corajoso
A platéia apenas vibra e de longe, entre palmas e alegrias
Ele continua seu numero infinito
Até que o circo se despede
E, em caravana sempre parte
O palhaço, que com sua alegria refugia
Mas, que ao fechar das cortinas 
Volta ser apenas mais um homem vestido do seu personagem.