“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst

30 de agosto de 2009


Poeminha alcoólico

São nessas noites
Que o espírito não basta
Ser não serve
O que se espera escore feito vento endoidecido
Coração desfalece
Vontade que dá é de pegar carona com aquele velho desconhecido
Deitar na calçada e rasgar o vestido
Dormir um sono profundo
Profético
Entorpecido
Deixar de lado a lucidez
A languidez de dias tortos..
E as feridas dessa vida ...

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