“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst

18 de maio de 2010

Outros temporais




La do outro lado
Não há nada pra fazer a noite
E você vai me mantendo viva com seu doce e caudaloso amor
Serei sua companhia em alguma estrada.
Meu fardo é pesado, querido,
E meus sonhos estão além de meu controle
Vestida de trapos e desperdícios..
Consumindo o mundo
Vou somente entre impulsos falsos..
Eu tenho sido miserável
Extremamente miserável querido
Contando até os pingos da chuva.
Decifrando a ilusão, trocando magia por fatos
Sem voltar atrás...
Trazendo a estranheza dos primitivos,
A luta dos bárbaros,
Rebuscando a delicadeza das gueixas...
Até o vento chegar e colocar tudo de cabeça pra baixo
E deixar o Homem mais selvagem do mundo chorando na dor.

Jackeline

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