“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst

13 de dezembro de 2011

C. LUZ!



Senta aqui desse lado,
Deixa eu te contar o que foi feito daquele tempo que era nosso,
Um porta retrato daqueles risos
Onde eu bebia sem desterro,
Oceanos de alegria que cabiam no espaço curto
Dessa vida tão humana que foge da gente.
Não te posso falar que estou triste,
Não me abandona a esperança
Que me lança para o destino desse reencontro
Da retomada de onde paramos,
Sem palavras dizendo as horas,
Distanciando essa saudade só,
Pra poder ver sorrir pra mim novamente,
A sua Luz!

25 de novembro de 2011

Batucada!


O seu amor
Deu formas e curvas novas
A esse velho corpo meu
Esse amor ginga o meu rebolado
E Já não exalo mais simples olhares
... Agora ele é um decote ousado
Uma roupa permanente
Amor é coisa séria
Falado e cantado
Como deve de ser
O amor emoldurou em mim
Outros temperos
Geografias de linhas marginais
Armaduras e coletes
De intensa atitude
Essa, de amar!

Jackeline Nawá

22 de agosto de 2011

Guarda, chuva!!!



Ó, chuva amorosa que não vai embora...
Que não vai embora...
Diz quanto tempo tenho para tecer os verões?
Fala de como a terra úmida suportará todas suas ilusões...
Revela então os segredos do céu...

Se assim perdurar:
Pingos, que eu não ouso contar,
Perder-me-ei no tempo de acordar.

Se gota a gota tu vens com paciência
Enche então as minhas “malas”
E leva contigo as minhas amarras...

23 de julho de 2011


O corpo é a casa,
O telhado é de Vidro.
Da pra ver o céu, porém chove dentro!

As horas são rasteiras...
Micro partículas de fome,
Oportunistas.

Faço como?
Digo oras, deixei-me brincar!

16 de fevereiro de 2011

Na ribanceira da saudade


Felicidade mal acordada,
saudade desiquilibrada
e a fome exagerada por seu olhar com bom humor.
Fui buscar na tua fonte escondida,
todo amor,
toda comida e o depois ficou esse “meio” que nem te traz e nem te leva.
Larvas sem ter asas como a imaginação.
Na displicência dos beijos, outros realejos.