“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst

3 de fevereiro de 2009



Oferenda

Deixo falar escuto sobre as ondas, sobre a imensidão do mar.
Falam das sereias e dos tritões
Sem pretensão de me sair em flor, escondo-me em casca.
Noite branda brilhante de luar
Sei lá... Nem sei por onde começar
Começo falando do conforto dos teus braços
Dos sorrisos que nublam os meus sérios..
Tempestade, chuva e vento...
E do encurvado das tuas curvas mais sinuosas..
Sob as curvas que se insinua.
Sinto-te de nada, de flor perfumada.
Amo sem ser desejo.
Amo sem condição, sem prescrição.
Sem data de validade,
Tempo indeterminado de mim.
Pra ti uma bela oferenda,
Daquelas que o mar não deixa levar...

Jack e Carla

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