“Qual a boa metáfora para descrevê-la: uma pluma? Uma flor delicada que, por milagre, anda? Um cristal frágil? Sua voz faz-se carícia tímida. Para onde foi a desbocada, de tom enérgico, manejando palavrões que abalaram bem-educados e bem pensantes?(...)" Hilda Hilst
28 de dezembro de 2010
Iluminarius
No declive da espera
Flores meditam pela manhã
Corpos ainda sonolentos
Dispersam sonhos dormidos
Relvas de beijos
Noites a fio.
Esperas constantes
Antes ou depois de amanhã
Hão de voltar aqueles versos
E bem depois das estações
Meu coração palpitará em febre
Novos sopros de saudade
Longe dos velhos refúgios e das velhas chamas,
As brasas e as espumas.
Abismos invertidos e choque de flocos de
Gelo contra os astros.
15 de novembro de 2010
Jackeline
O futuro é turvo;
Eu "completo" minha alma
Com pontos no instante.
Muitas vezes eu perambulo,
enquanto meu coração rasteja,
Consequentemente.
Eu não quero o amor,
Prefiro de tempos em tempos
Eu prefiro o gosto do vento.
E para você,
Três tempos de palavras
Ao ritmo do momento
E ao êxtase
que entrelaça o vento.
Uma canção ingênua de
Inclinações naturais.
Uma contemplação
A tempo de observar
O instante passar
6 de outubro de 2010
BAILADO BLUES
Nessas noites o sangue vira whisk
Eu toco minhas notas distorcidas
Só pra te ver dançar baby
Dançar sobre seus ossos
Estou gritando para você ouvir
e eu vou continuar gritando até os seus ouvidos sangrarem
o meu doce e violento amor
Ninguém me faz sentir tão errado
Então olhe para mim enquanto eu cuspo a verdade em seu rosto
Porque eu só quero te ver dançar baby
Dançar sobre os meus ossos
Porque você não pode fugir esta noite
do meu doce e violento amor
Ainda é a mesma velha história
Um combate de amor e glória
Eu precisei de você,
Mas de jeito nenhum você precisou de mim
Por isso eu só preciso te ver dançar baby
TE VER DANÇAR.
Jackeline
Obs: MEU PRIMEIRO BLUES!
4 de outubro de 2010
Chocolate blues
8 de setembro de 2010
Yin e yang
A calma é irmã da paz
A paz é intima
A vida em certas horas foge
De repente é primavera.
Estou livre das quimeras tristes
Que as horas humanas gritam.
Tantas vidas pra viver.
Tantas coisas por fazer
que as horas pairam sobre as flores dos ipês.
Mantendo-me entre versos,
Você declara independência
E eu a liberdade!!!
Nawá
11 de agosto de 2010
Circunstâncias
Precisamos de mais parágrafos felizes
Dos amores que surgem do insuspeito
Que venham de longe,
de onde vaga o pensamento dissonante.
Criaturas inteiras
Que fujam dos recortes de jornais
Que sejam vívidos, impávidos e colossos.
Que saibam acordar e sorrir pela manhã.
Feitos de sossego,
Aurora e oportunidades
Que antes de entrar limpem a sujeira da rua
E que a alma seja leve feito nuvem
Roupa de cama, Taça de vinho e disco de vinil.
Que não virem Porta-retrato no espaço dos outros fatos vis.
Que sejam brevemente demorados
Sussurrando em falsetes outros versos...
Jackeline Nawá
16 de julho de 2010
la fortuna
La verdad
Yo no se si Han transcurrido Los años
Yo les habia percibido en ostentaciones
Los "hombres solos"
Las Mujeres verdeantes
Las ropillas de Las Ventanas
Pero mi proprio coración...
EL tiempo en lo curso normale
Todo lo que sucede
Es la verdad de la Vida
Los "hombres y Mujeres" Las hijo en humanos
Pero de las noches sin rumbo enguarradas
Mi alma va Con Los Coches Las calles por interminables
El tiempo para encontrar lo que queda de ellos felciidade de los necios
Vive para esperar el día de la tierra dejará de girar y luego
Vuelvo en órbita
o tal vez una estrella aliberdade
a vagar por el universo aparte
Nawá
29 de junho de 2010
Altitude
Já não sei de saudades
Todas as novidades surgem
De um sorriso novo
De uma promiscuidade, vida!
Eu canto porque o instante existe
E foi ontem o meu amanhã
E se te chamo pra rodar
É porque o mundo pode dançar sobre nós
E você pode brincar de amor.
Juntos assim como os astros
Podemos rodopiar com o vento.
Viva comigo essas horas
Amanhã o dia foisse embora
E o sol nascerá só na nossa janela.
Para outros, apenas a noite,
O deleito dos sonhos eternos.
Basta-me um pequeno gesto,
e de longe e de leve,
e eu para sempre te leve...
Nawá
20 de junho de 2010
O vôo
Voltando da luta
Levanta teu coração
Voe de um lado para o outro rapidamente
Abra teus braços
E deixa as mãos erguidas para o céu
Os espaços estão curtos
Posso estar aqui quando você voltar
Posso te mandar uma mensagem pelo ar
E ai você me leva novamente naquele lugar
E eu poderei ver a cidade la de cima
E assim, vou entender que
Os espaços estão realmente curtos
E que esta cidade cabe na palma da mão
Ama-me, com ternura, ama-me de verdade
Realize todos os meus sonhos
E então, eu serei como a lua
Que flutua devagar.
Jackeline Oliveira
19 de maio de 2010
Lábios e silêncios
Quantas saudades do outono,
de suas cores amarelas...
Saudade do tempo onde os lábios não rachavam
Um tempo sonolento entre beijos e silêncios.
As estações estão mudando
Hora primaveira com suas
calêndulas apaixonadas,
horas o verão com sua cadência quente...
E eu me elevo como um pássaro
Na doçura daqueles beijos açucarados.
Saudade de usar os tons pastéis
De escutar o tique-taque dos relógios
De contar dia a dia quanto tempo falta para chegar setembro
E assim renascer nos meus vinte e poucos fatos
E ser novamente lábios e silêncios.
Jackeline (ás brumas)
Imagem: Klimt
18 de maio de 2010
Outros temporais
La do outro lado
Não há nada pra fazer a noite
E você vai me mantendo viva com seu doce e caudaloso amor
Serei sua companhia em alguma estrada.
Meu fardo é pesado, querido,
E meus sonhos estão além de meu controle
Vestida de trapos e desperdícios..
Consumindo o mundo
Vou somente entre impulsos falsos..
Eu tenho sido miserável
Extremamente miserável querido
Contando até os pingos da chuva.
Decifrando a ilusão, trocando magia por fatos
Sem voltar atrás...
Trazendo a estranheza dos primitivos,
A luta dos bárbaros,
Rebuscando a delicadeza das gueixas...
Até o vento chegar e colocar tudo de cabeça pra baixo
E deixar o Homem mais selvagem do mundo chorando na dor.
Jackeline
17 de maio de 2010
Desatino
...querido Deus
Tentei dizer do meu próprio jeito
Você esta comendo o meu coração, e não resta muita coisa de mim.
Às vezes eu sei,
Às vezes eu me elevo
Cada pessoa é uma multidão
Aturdido pela própria reflexão
Eu bebi o seu vinho
Eu tenho visto a sua cara e isso é muito para mim.
Eu vi os seus olhos
Por favor, seja gentil.
Busco minha parte..
Como um livro dentre muitos em uma grande estante...
...querido Deus
O que eram todos aqueles sonhos
Eu sou apenas humano
Não me deixe tão frio
Antes que eu desapareça
Sussurre no meu ouvido
E me deixe voar para o céu...
Eu mudei minha direção, agora não há como voltar...
Nawá
13 de maio de 2010
ESTRADA
PAIXÃO, AMOR E OUTROS FATOS VIS...
O COMEÇO, ONTEM E HOJE FOISSE EMBORA
A PAIXÃO DISSE NÃO TER TEMPO
O AMOR DIZ NÃO TER PRESSA
OS FATOS PERMANECEM EM UM LUGAR DE DIFICIL ACESSO
O PEITO FLORESCE NA SEQUENCIA DE UM RITMO TRISTE
O QUERER É ESTAR SEMPRE ALEGRE
MAS, DE OUTROS TANTOS NORTES
EI DE QUEDAR A ISÔNIA LONGA DE UM RIO TORTO
ERA ENTÃO UM BEIJO SÓ
E QUE DE SOLIDÃO
VIVE NA ILUSÃO DE UMA BOCA EM
EM DÓ
E DE SER ENTÃO UM VERSO TORTO
DE UM TEXTO LONGO
PARA UMA VIDA BREVE,
TANTOS TROPEÇOS..
ONTEM, HOJE E O INFINITO
SÃO LUGARES QUE ME PUXAM.
DO PASSADO PARA O PRESENTE ABERTO
DE UM HORINZONTE
INFINDO.
26 de abril de 2010
Meu fato ...
DE QUE CALADA MANEIRA VOCÊ CHEGA ASSIM SORRINDO, COMO SE FOSSE A PRIMAVERA?
De onde vem esse perfume?
Um mapa repleto de gestos
Uma vale de reticências
Um mergulho em águas turvas
O velho incenso amadeirado
Queimando a tempo de ser
Deixo em minhas entrelinhas você falar
Eu canto um canto de puro afago
Jeito gente que feito homem vira bicho
Entende?
São falácias de um tempo antigo
La onde teu coração foi ferido
Pude escutar teu gemido
Tu já era então
Um fato triste
Da minha doce alegria transmutada
Um realejo de versos meus
Outrora não recitados...
Jackeline Oliveira
28 de março de 2010
O regresso temporário
Posso ouvir seus passos na calçada
Ouço de longe o teu coração antigo
Sinto a tranca ruir
Vejo a porta abrir
Você sorrir
Diz-me que o tempo ta frio
Pede pra ficar
Deixo entrar
Quero pedir
Mas, mais uma vez te deixo ir
Tem que partir
E antes que eu me acostume com a tua presença
Ouço de longe os teus passos
Partindo..
Nawá (Para Leafar)
13 de março de 2010
9 de março de 2010
Uma aurora
Assim me sinto
Um satélite vagando pelo céu
Felicidade é pouco
O que eu vejo ainda não tem cor
O que eu sinto ainda não tem face
O meu coração é um fingidor
Finge até que é dor
Uma virginiana imperfeita
Que nem de longe
Sabe ao certo se é terra ou é luar
Tantas faces bobas
Que de tantos tropeços
Virou do avesso e não soube ser
Se quiser me acho no emaranhado meu
Que assim seja
E que eu veja
Logo depois
O que já era eu antes do fim.
Jackeline
Um satélite vagando pelo céu
Felicidade é pouco
O que eu vejo ainda não tem cor
O que eu sinto ainda não tem face
O meu coração é um fingidor
Finge até que é dor
Uma virginiana imperfeita
Que nem de longe
Sabe ao certo se é terra ou é luar
Tantas faces bobas
Que de tantos tropeços
Virou do avesso e não soube ser
Se quiser me acho no emaranhado meu
Que assim seja
E que eu veja
Logo depois
O que já era eu antes do fim.
Jackeline
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